domingo, 9 de novembro de 2014

Interstellar (2014)


Posso afirmar desde já que Interstellar é, para mim, o melhor filme de Nolan até hoje. É uma obra ambiciosa, talvez a mais da sua carreira, tem os seus momentos de acção, tensão e ansiedade mas sobretudo, e aqui é o ponto de viragem em que Nolan me surpreendeu mais, é brutalmente emotivo. Até agora ainda não tinha visto um único filme de Nolan com tamanha capacidade de criar uma verdadeira relação emotiva com a audiência. A única situação até agora tinha sido em The DarkKnight Rises na discussão entre Bruce e Alfred. Mas nada desta dimensão. Nada que eu sentisse verdadeiramente que toda a sala de cinema tenha alcançado a real razão de ser do “herói”. Porque isto, o amor, deve ser das coisas mais exigentes de exprimir em cinema. Principalmente o familiar e associado à saudade, à distância e até à sua própria ausência. Esta foi a nova dimensão que Nolan adicionou à sua equação.

Interstellar é irrepreensível em termos técnicos. Banda sonora, edições, planos, sequências e cinematografia. Se o é também em linhas de argumento? Uns dirão que sim e outros que não. Eu fico-me pela objectividade de dizer que serve o seu propósito e que mais ou menos certeza teórica não é para aqui chamada porque no mundo do sci-fi as regras do jogo são as do maestro que compõe a estória.


Pode-se fazer a comparação que se quiser com os clássicos que já se sabe que são as matrizes deste tipo de ficção. Mas se esta é uma obra que vai ficar na história apenas o tempo o dirá. Quanto a mim, é para rever.


"We've always defined ourselves by the ability to overcome the impossible. And we count these moments. These moments when we dare to aim higher, to break barriers, to reach for the stars, to make the unknown known. We count these moments as our proudest achievements. But we lost all that. Or perhaps we've just forgotten that we are still pioneers. And we've barely begun. And that our greatest accomplishments cannot be behind us, because our destiny lies above us."


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