segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Likes & Dislikes de 2013



Com mais um ano no seu final, chega a altura de olhar para trás e ver o que de melhor e pior correu ao longo da temporada. Como este é um blog de cinema, deixo aqui os meus filmes favoritos que estrearam nas salas portuguesas em 2013.
Infelizmente este ano foi fraco para mim em termos de filmes assistidos e sei que caso conseguisse ter visto alguns, esta lista poderia ser diferente. Mas para além dos meus favoritos do ano, outros bons filmes que vi estreados este ano nos cinemas foram: The Hunt, Blue Jasmine, Prisoners, Mud, Les Misérables, StarTrek - into darkness, Hodejegerne, The conjuring, Silver Linings Playbook e Zero Dark Thirty.
Cá vai:

Likes: TOP 5 nos cinemas

#5
Animal Kingdom
Se o nome não disser já tudo, estamos na presença de um filme com alguma violência. É mais um daqueles filmes intensos que transmitem a mais cruel natureza humana e, neste caso, a apatia para com a própria família. É a história de um capítulo na vida de um jovem adolescente numa família criminosa e perigosamente explosiva.
Escolhi-o por ser um verdadeiro show de boas representações e ainda mais impressionante, por ser a primeira longa metragem de David Michôd.
Class: ★★★★1/2
Crítica Internacional: 97% positiva (rottentomatoes)



#4
The Place Beyond the Pines
Para mim, de longe, um dos melhores filmes do ano. Uma viagem pela paisagem da vida americana dos roubos de polícias e de ladrões, dos filhos dos ladrões e de polícias, e de vingança.
A banda sonora, os planos, a fotografia e as representações do cast, escolhido a dedo, tudo a trabalhar para garantir 140mins de puro prazer.
Class: ★★★1/2
Crítica Internacional: 82% positiva (rottentomatoes)



#3
De rouille et d'os (Rust and Bone)
E como não há ano que passe sem que o cinema francês nos ofereça uma ou outra obra prima, este ano, mais uma vez foi Jacques Audiard (Un Prophète). Um drama intenso que conta a difícil vida de uma tratadora de Orcas num parque aquático que vê a sua vida mudar de direcção de um momento para outro. Até que conhece o seu futuro namorado e procura uma nova forma de viver.
A representação de Marion Collidard é das melhores de toda a sua carreira e a falha na nomeação para o Óscar o ano passado foi dos maiores roubos dos últimos anos.
Class: ★★★1/2
Crítica Internacional: 82% positiva (rottentomatoes)




#2
Django Unchained
Tive de esperar 3 anos para voltar a sentir numa sala de cinema aquilo que senti ao ver o Inglourious Basterds. Tarantino regressa com as suas cenas carregadas de tinta vermelha a saltar, diálogos pomposos e personagens carismáticas. Sempre com uma banda sonora fora do comum, mas adaptada na perfeição ao género, não fossemos nós ouvir HipHop num verdadeiro tiroteio de western. Só Tarantino faz esta magia no cinema. Um dos argumentos mais carregados do ano e alguns dos melhores actores que vi este ano.
Class: ★★★
Crítica Internacional: 88% positiva (rottentomatoes)








#1
Gravity
Foi difícil escolher entre este e o #2, mas o que Tarantino faz, apesar de bom, não é nada de novo. Gravity (IMAX) é uma experiência visual absolutamente perfeita. Nunca vi nada que se parecesse com isto.
Alfonso Cuarón (Children of Men) executa um trabalho de jogo de câmara brilhante. Com takes prolongados que duram largos minutos, com a câmara a dançar e a flutuar no espaço como se tudo aquilo fosse na realidade uma viagem à órbita terrestre. Uma das cenas, em que o plano está centrado na Dr.Stone, enquanto esta rodopia interminavelmente, e a câmara vai lentamente aproximando-se da viseira do capacete, até mesmo entrar dentro e ficarmos com uma visão point-of-view da mesma, é brilhante! É de uma técnica como nunca vi no cinema, o que acredito que nos deixa perante um gigante marco na história desta 7ª arte.
Não é um filme que valha pela sua história, mas isso é pouco relevante. É acima de tudo uma experiência visual que não deveria ter sido desperdiçada enquanto foi possível vê-la em IMAX, o formato para o qual o filme foi concebido. O que me faz acreditar que ao longo dos próximos tempos, a mestria conseguida por Cuarón possa vir a ser menos bem percepcionada pelas audiências que não vejam o filme nas melhores condições possíveis.
Class: ★★★
Crítica Internacional: 97% positiva (rottentomatoes)


Dislike:
Raramente corro o risco de perder tempo com filmes que a partida vão ser maus, mas como de tempos a tempos há um ou outro que surpreende, tomo os riscos. Estes não foram surpresas, foram o pior que vi este ano que tenha estreado nos nossos cinemas.
#5
Jobs
Class: ★★
Crítica Internacional: 26% positiva (rottentomatoes)

#4
Ironman III
Class: ★★
Crítica Internacional: 78% positiva (rottentomatoes)

#3
The Hangover partIII
Class: ★★
Crítica Internacional: 19% positiva (rottentomatoes)

#2
Now You See Me
Class: ★1/2
Crítica Internacional: 50% positiva (rottentomatoes)

#1
Gangster Squad
Class: 
Crítica Internacional: 32% positiva (rottentomatoes)


Foram as minhas escolhas de 2013! Bom ano e bons filmes!




domingo, 22 de dezembro de 2013

Cloud Atlas (2012)


Cloud Atlas não é de todo um filme fácil. Não é um filme fácil para o espectador e definitivamente não é fácil para quem o criou. Wachowski brothers, criadores de The Matrix (uma das obras mais marcantes da década de 90), apresentam esta sua nova obra de uma dimensão tão ambiciosa quanto marcante.
Este filme mosaico conta-nos a história da relação humana através de 6 planos de interacção distintos. Apesar de afastadas temporalmente, todas as personagens estão interligadas e contribuem com igual peso para o equilíbrio da obra. Equilíbrio que é encontrado no magnífico argumento e na irrepreensível edição deste filme.
É uma obra que proporciona uma experiencia diferente do comum. Talvez pela sua irreverência ou pela sua característica pouco linear na forma de contar historias, põe o espectador à prova. Exige concentração, mas acima de tudo humanidade. Humanidade no sentido de tentar que o espectador quebre uma ou duas barreiras na sua compreensão, muito provavelmente devido às temáticas que aborda.
Valiosa será esta obra por abordar temas tão distintos e importantes como a homossexualidade, o racismo, o Lobying, a Religião, a intolerância cultural e sobretudo o caminho a que nos dirigimos enquanto civilização.
Com o grande número de mudanças de plano e de personagens e com o tamanho do filme (2h50min aprox.) é possível que o espectador se sinta confuso e até cansado, mas sinceramente, com um pequeno esforço de atenção a mensagem principal do filme será percebida. É definitivamente um filme de se ver em cinema e devem deixar a sessão de casa para uma segunda tentativa, até porque alguns pontos serão certamente deixados por explicar.

Apesar de dividir as opiniões é uma muito boa experiência que recomendo. Não fosse este a meu ver um dos melhores filmes a estrear nas salas portuguesas este ano (2012).

★★★



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Os filmes do fim-de-semana (20/12/2013)


Sexta (20/12)
Asterix nos Jogos Olimpicos 20:30 TVCine3 (comédia, aventura)
The impossible 21:30 TVCine (drama)
Pan’s Labyrinth 23:30 TVCine2 (fantasia, thriller)
DaVinci Code 23:30 Hollywood (Aventura, thriller)

Sábado (21/12)
S.W.A.T 14:00 AXN (acção)
Salmon fishing in the Yemen 15:40 TVCine (drama)
You, Me and Dupree 16:00 TVI (comédia)
Cloud Atlas 17:20 TVCine (acção, drama, Aventura, Sci-fi)
Butter 21:30 TVCine (comédia)
The assassination of Jesse James 22:00 TVCine2 (drama)

Domingo (22/12)
Gladiator 15:20 AXN (drama, acção, épico)
Killing Them Sftly 18:10 TVCine (drama, thriller, crime)
State of Play 19:45 MGM (drama, thriller, crime)
Constantine 21:00 TVCine4 (fantasia, “terror”)
Kramer vs Kramer 21:50 AXNWhite (drama)
Batman Begins 23:30 Hollywood (acção, crime, fantasia)

The Grand Budapest Hotel Trailer #2 (2014)



É o segundo trailer do novo trabalho de Wes Anderson, responsável pelo recente e magnifico Moonrise Kingdom. É inegável, só pelo trailer, que estamos perante mais um filme de Wes. O estilo característico da narrativa das suas obras está presente e deixa uma vontade incrível de ver a obra... é só esperar!










quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Estreias da semana (19/12/2013)

As sugestões para um fim de semana no cinema.




Inside Llewin Davis (2013)
O regresso dos irmãos Coen com este Drama que acompanha uma fase na vida de um cantor Folk que luta pelo seu lugar na indústria.
Escrito e realizado pelos autores de obras como No Country for Old Men, Big Lebowski e Fargo.

Crítica Internacional: 90% positiva






Casablanca (1942)
Um dos maiores clássicos da história do cinema volta a ser exibido. O romance mais famoso e reconhecido da 7ªarte, interpretada por duas lendas. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman dão vida à calorosa paixão do cinema dos anos 40 que se tornou intemporal. Galardoado com os 3 mais importantes óscares (Realização, argumento e Filme).
Apenas em exibição nos UCI el corte Inglês e Arrábida, e Academia Almadense.

Crítica Internacional: 90% positiva




Hiroshima, mon amour (1959)
O clássico de 1959 volta às salas de cinema conta a história de uma actriza francesa que realiza um filme em Hiroxima no pós desastre bélico, e que acaba por se apaixonar por um arquitecto japonês. Ambos casados com os seus pares e a sua cultura vivem esta relação de diferenças.
Vai estar exibição no Nimas (Lisboa); Medeia Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre (Porto) e Academia Almadense (Setúbal).
Realização: Alain Resnais

Crítica Internacional: 90% positiva




sábado, 14 de dezembro de 2013

Interstellar (2014) Official Teaser Trailer





Primeiro teaser do novo filme de Christopher Nolan, um dos mais promissores realizadores de uma nova geração, com obras como Inception, Dark Knight, Dark Knight Rises ou Memento.
Um filme que conta com a participação de Matthew McConaughey, Jessica Chastain, Anne Hathaway e Michael Cane.
Para esperar ansiosamente...








quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Estreias da semana (12/12/2013)


Estas são as minhas duas sugestões para ver a partir deste fim de semana nos cinemas.


Mandela: Long walk to freedom
Um filme biográfico que conta a história do grande Líder falecido ainda esta semana. A criação e desenvolvimento desta importante personalidade do séc.XXI desde a sua difícil adolescência até ao seu lugar enquanto presidente da África do sul.
Realizador: Justin Chadwick

Crítica internacional: 60% positiva






Hobbit: The Desolation of Smaug
Segunda parte da incessante viagem criada por Tolkien que conta a aventura de Bilbo Baggins, Gandalf e os Anões. O mundo de onde saiu o Senhor dos Anéis e a história de onde saiu o Anel, sempre sobe o mesmo olhar, de Peter Jackson.
Realizador: Peter Jackson
Cast: Ian McKellen, Martin Freeman

Crítica Internacional: 75% positiva

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Catching Fire (2013) (short review)



Este é o segundo filme da trilogia Hunger Games e já consegue ser melhor que o primeiro. Tarefa que não seria muito difícil, ainda mais com um budget quase duplicado.
O desenvolvimento da história torna-se bastante previsível (mesmo para quem não leu a obra, como é o meu caso) e vai resvalar para o mesmo cenário de batalha pela sobrevivência que são os Hunger Games. Katniss vê-se numa luta mais profunda e emocional do que no primeiro filme e tem de conseguir salvar a sua família, Peeta e Gale. Tudo, enquanto se vê líder de um crescente movimento de rebelião contra o sistema e se torna alvo a abater pelo Presidente de Panem.
É a primeira metade do filme que consegue suportar todo o seu desenrolar com o conteúdo emocional e exploração das personagens que imprime. No entanto, e à semelhança do primeiro capítulo, as falhas continuam lá. Se calhar não são falhas, chamemos-lhe antes imperfeições. Estas imperfeições estão em grande parte do filme e não conseguem, principalmente, transmitir da melhor forma o ambiente vivido em Panem. Algumas sequências (como quando Katniss entra na sala de treino e vê os seus adversários) chegam mesmo a roçar o ridículo e dispensável.
O que o filme tem de melhor em relação ao primeiro é o desenvolver de uma trama emocional de katniss, alguns bons momentos de tensão e um desejo, que fica no ar, de ver o próximo e acabar a trilogia.
O que correu menos bem neste foi, curiosamente, o que correu menos bem no outro. Cenários, pormenores e diálogos sem qualquer conteúdo útil para a história que em si é tão frágil que luta por se manter em jogo.
Espera-se à partida que o espectador perceba que esta história em si nada trás de novo. Parece uma junção de um Battle Royale (2000) com Truman Show (1998) tudo misturado num ambiente distópico. Deu para perceber que não achei grande piada ao filme, mas no fundo não deixa de ser um bom filme para um domingo à tarde no sofá.
★★★