quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cinema em Cenas #7 - Mozart's originals - Amadeus (1984)


Uma das minhas cenas preferidas de um dos meus filmes preferidos. Penso que seja uma boa entrada para quem nunca viu o filme. Sem grandes SPOILERS, mas que carrega grande parte daquela que é a mensagem do filme. Uma pequena demonstração de genialidade, inveja e admiração.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Barry Lyndon (1975)


Não há dúvida que este será um dos melhores trabalhos de Kubrick e provavelmente um dos seus mais desvalorizados. Talvez pelo ritmo lento e de pouco entretenimento não será o tipo de filme que agrada ao espectador comum, mas, sem dúvida, vale a pena um pequeno esforço para aqueles que procuram uma verdadeira jóia do cinema.

Barry Lyndon é uma pequena odisseia de um jovem confuso e sem muitos princípios na europa do séc. XVIII. O acompanhar na vida de uma máscara fugida e escondida na dispersa sociedade aristocrática. Com passagens pelo exército, trapaças e tentativas de arrecadar títulos, esta obra acompanha o jovem irlandês desde o início da sua adolescência até o ponto mais alto a que a sua determinação e ambição o levaram. Tenta mostrar os interesses e a maldade do jogo de poderes na sociedade e pode ser transposto para a realidade dos nossos dias que vivemos numa sociedade cada vez mais provida interesses particulares em detrimento do bem comum.


Para mim, o mais interessante desta obra é sem dúvida toda a realização e envolvente que Kubrick consegue criar. Das duas vezes que tive o prazer de olhar para o ecrã e ver esta magnífica peça, fiquei obcecadamente preso naquelas cenas. Kubrick consegue o que qualquer realizador de filmes de época tenta... transportar o espectador para aquele mundo. É óbvio que não posso sequer imaginar como era a vida naquela época, mas o que se vê nesta obra é uma realidade que parece existir numa altura em que nem sequer havia câmaras. Ou seja, com os passeios de coche, as caminhadas à beira dos lagos, as festas e cerimónias, duelos, batalhas e cenas atrás de cenas filmadas somente à luz de velas sem recurso a luz artificial Kubrick transporta-nos, como poucos conseguem, para ali, para aquele momento.

Em última instância é um filme envolvente e, para mim, uma perfeita obra-prima, um quadro assinado por Stanley Kubrick.


“I’m not sure if I can say that I have a favourite Kubrick picture, but somehow I keep coming back to Barry Lyndon. I think that’s because it’s such a profoundly emotional experience.” Martin Scorcese


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Rise Sir Daniel!


Depois de nomes como Sean Connery, Charles Chaplin, Anthony Hopkins, Ian McKellen, Michael Caine, Patrick Stewart, Sidney Poitier ou Christopher Lee, chegou a vez de Daniel Day-Lewis receber a condecoração de cavaleiro da coroa Britânica. A partir de agora: “”The Oscar goes to: Sir…”



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cinema em Cenas #6 - Opening scene - Halloween (1978)


Uma cena absolutamente inquietante que por si só poderia ser uma curta de suspense. Um POV contínuo até aos últimos segundos e a terminar em cliffhanger. Genial!


segunda-feira, 9 de junho de 2014

WOW!


São os primeiros 5 minutos de 10.000 filmes. É só irem clicando na tela para fazer zoom e tentar identificar os que conseguirem! Boa sorte!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

The Cove (2009)


Sem dúvida alguma, este é o documentário mais emotivo que já vi. É revoltante, assustador e acima de tudo coloca-nos na posição de sermos obrigados a tomar consciência acerca dos nossos actos de consumo irracionais e desprovidos de qualquer pudor.

The Cove é um documentário centrado na chacina de dezenas de milhares de golfinhos, organizada anualmente em Taiji – Japão. Procura divulgar ao mundo as primeiras imagens daquele evento vergonhoso, bem como sensibilizar o espectador para o tipo de animais de que estamos a falar. É uma obra orquestrada por Ric O’Barry, o homem que ajudou a construir toda a indústria de delfinários espalhados pelo mundo e que desde a morte de um dos seus golfinhos se tornou no maior activista mundial em defesa desta particular espécie de cetáceos. O’Barry trabalha em prol da libertação de golfinhos detidos em cativeiro e mostra esta matança como uma consequência directa da procura incessante por novos espécimenes.

O documentário é construído como se de um filme de assalto a um banco se tratasse. Toda a preparação e planeamento, bem como a tecnologia de ponta que é usada para conseguir as imagens até então inacessíveis para qualquer ser humano. Sempre acompanhado por diversos relatos e ilustrações que ajudam a fomentar no espectador toda a uma luta interior por aceitação de um facto quase intocável socialmente, como é o caso do sofrimento dos animais selvagens detidos em cativeiro. Quantos de nós já visitaram parques temáticos e zoos? Quantos de nós já assistiram a shows de animais marinhos sem pensar no tipo de sofrimento a que aqueles animais estão expostos?


É aí que surge a importância deste filme. Podia simplesmente centrar-se na matança. Mas o que faz é pegar naquilo com que o espectador está familiarizado e sensibilizá-lo para todo o problema da procura de golfinhos.

É sem dúvida dos melhores documentários que já vi. E com toda a certeza o mais corajoso de todos. É importante que todos vejam esta peça, porque este não é um problema que se passa a não sei quantos mil km numa baía qualquer. É um problema que nasce e está enraizado na sociedade quando esta aceita que um animal capturado a não sei quantos mil km numa baía qualquer seja ferramenta de entretenimento.


"The dolphin smile is nature's greatest deception," Ric says. "It creates the illusion that they're always happy. I think this multi-billion dollar captivity industry is built on that optical illusion."