quinta-feira, 24 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
5 Broken Cameras (2011)
Narrado e
testemunhado em 1º pessoa, desde o início da ocupação israelita a uma aldeia
palestiniana. O crescer da tenção, revolta e frustração por parte dos
camponeses enquanto testemunham a ocupação das suas terras pelo exército
israelita para a construção de aldeamentos (israelitas). Uma luta de força
desproporcionais ao ponto do sadismo, de um lado, contra toda a originalidade possível
de desempenhar por parte das populações.
Emad observa através
do seu ímpar olhar o desenvolver de um conflito, a semente de um ódio que hoje
é inevitável. Documenta os acontecimentos desde o 1º dia em que as tropas
israelitas chegam à sua terra, bem como, em paralelo, o crescimento do 3º filho
desde o dia do seu nascimento. É uma forma “perfeita” de ilustrar o conflito.
Consegue demonstrar as repercussões que toda aquela guerra tem sob os habitantes
da zona, mas também ajuda a compreender onde nasce o ódio, a vingança e a
frustração. Usa o olhar de uma criança e consegue explicar a direcção para a
qual aquele conflito se encaminha.
Ao longo
do documentário Emad faz uso das suas câmaras até o momento em que cada uma
delas é despedaçada pelas tropas israelitas. O final de uso de cada uma marca
um capítulo fechado na história daquela população. Seja esse capítulo fechado
por uma nova carga militar ou simplesmente um tiro de sniper, geralmente o início
de um novo marca um crescente de desmesurado uso da força militar. No fim de
contas o problema com que se deparam é nada mais que uma ocupação territorial e
uso e abuso de força contra civis desarmados. Quer dizer, armados… com pedras.
Se este
não é o género ideal de documentário então não sei qual será. O olhar de um vídeo
amador, de quem vive e luta contra um problema. Se querem tentar perceber o que
pode levar um homem ou mulher cometer suicídio ou juntar-se a uma causa armada,
se querem tentar compreender qual o nível de desespero que uma pessoa pode
suportar… podem começar por aqui.
“Healing is a
challenge in life. It's a victim sole obligation. By
healing, you resist oppression. But when I'm hurt over and over again, I forget
the wounds that rule my life. Forgotten wounds can't be healed. So I film to
heal. I know they may knock at my door at any moment. But I'll just keep
filming. It helps me confront life. And survive.” – Emad Burnat
segunda-feira, 21 de julho de 2014
dual wielding machine guns horse riding?
Foi demais
para mim…
No próximo filme quero ver um macaco fazer
melhor que isto!
Ou isto…
E talvez, um dia, faça parte do elenco.
sábado, 19 de julho de 2014
Temas #1 - John Williams - Star Wars Main Theme (1977)
Aquela pequena
composição que ao primeiro segundo de audição é invariavelmente arrastada para
um lugar na nossa memória, geralmente associada a um filme que desde logo
queremos rever. Temas que definem obras e sem os quais é impossível conceber a
sua existência. Uma ligação entre dois mundos, duas artes, duas composições.
Era inconcebível começar esta “rubrica” por outro tema que não fosse aquele que é talvez o maior hino sonoro da 7ª arte. Não digo que seja o melhor, mas é sem dúvida o mais reconhecido! Assim, por este exemplo é fácil de explicar. Duas notas e uma corrente viva de memórias percorre rapidamente os neurónios.
Era inconcebível começar esta “rubrica” por outro tema que não fosse aquele que é talvez o maior hino sonoro da 7ª arte. Não digo que seja o melhor, mas é sem dúvida o mais reconhecido! Assim, por este exemplo é fácil de explicar. Duas notas e uma corrente viva de memórias percorre rapidamente os neurónios.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Bica #6 - Cinematics
Não posso
dizer que seja uma curta. Talvez apenas um pequeno exercício de animação. Mas
que, certamente, tem lugar aqui nesta minha rubrica.
Uma curta passagem por alguns dos clássicos e
filmes de culto que fizeram parte da história do cinema. Os créditos vão para Pier Paolo (ilustrador) e Marcelo
Baldin (Tema).
Cinematics from Pier Paolo on Vimeo.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Locke (2014)
Locke é sem dúvida um
filme que vale a pena ver. Sim, é verdade que é, como no trailer, inteiramente
passado dentro de um carro. Sim, é só a interacção de um único actor, em forma
física, com uns outros tantos por telefone. Não, não é uma seca. Pelo
contrário, é um filme que desde início prende o espectador ao ecrã.
Ivan Locke (Tom Hardy)
é um bem-sucedido Director de construção que tem em mãos tanto a maior das
obras que a sua carreira profissional lhe poderia oferecer, como a queda da
maior edificação da sua vida familiar. Ivan vive atormentado com a sua não
relação com o pai e, por isso, é obcecado em viver a vida nos limites éticos e
morais de qualquer código de conduta e honra. Mas como não passa de um comum
mortal Ivan tem um pequeno deslize. Alegoricamente, como explicado no filme
aquando uma conversa entre Ivan e o seu encarregado, esse pequeno deslize pode
ser visto como uma pequena fenda na fundição de um prédio. À medida que vamos
acrescentando peso ao edifício, a fenda vai aumentando até ao ponto de fazer
cair toda a estrutura. Neste caso, a fenda aparentemente já estava criada na
vida de Ivan desde nascença. Tal como o próprio afirma “concrete is blood!”, o
que nos diz que a natureza do seu pai acompanhou-o para a vida e que quanto
mais Ivan escalou na hierarquia familiar e social, maior foi a sua queda.
É uma obra que prima
pelo excelente e incontornável desempenho de um Tom Hardy que há muito
precisava de um papel neste registo. Do trabalho que conheço de Hardy, este
talvez será o seu melhor com a excepção de Bronson. É uma obra de aprimorada
gestão de espaço, tempo e emoção, que consegue suportar toda a estrutura e entregá-la
com sucesso ao espectador. Talvez este tenha sido o triunfo de Steven Knight.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
The Cabin in the Woods (2012)
Este podia ser mais
um filme terror, daqueles bem cliché. Com um grupo de universitários que
aproveitam um pequeno fim-de-semana para passar no meio da floresta e acabam a
ser atacados por um bando de zombies, ou massacrados, ou torturados, ou
qualquer outra coisa por qualquer outro monstro/perigo/predador. Mas por acaso
até é esse tipo de filme. Ou será que não é? Eu nem consigo definir bem o
género de filme que vi.
Esse mesmo grupo de jovens, influenciado por uma
agência secreta (que mesmo depois do final do filme, continua ser), é forçado a
tomar um conjunto de decisões que invariavelmente vão levar ao seu massacre, um
por um tal como em qualquer filme de terror que se preze. Tudo enquanto estão a
ser monitorizados e encaminhados para o seu fim de vida prematuro. Uma versão gore
de The Truman Show fundido com The Hunger Games.
The Cabin in the Woods
certamente terá o seu lugar especial entre os que desafiaram a regra, até
porque mesmo o fazendo lá a foram cumprindo. Pode parecer confuso, mas só estou
a tentar evitar spoilers. Tudo porque o filme em questão está tão carregado de
twists que só mesmo vendo o filme é possível perceber o desafio de o descrever.
De qualquer forma, é um filme razoável. Com todas as falhas que seriam de
esperar e com a mesma dificuldade de sempre em entregar um final mais palpável.
Só resta mesmo, para quem ainda não o fez, ver o filme. Não perde assim tanto,
na sua essência é um bom entretenimento, ainda que muito mal explicado. But who
cares?
“Yeah, uh, I had to dismember that guy with a trowel.
What have you been up to?” - Marty
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